À primeira vista, a segurança da cadeia de suprimentos de software pode passar despercebida.
Os ataques ocorrem quando agentes mal-intencionados se infiltram no sistema através de componentes ou softwares terceirizados do ecossistema de TI da organização.
Por isso, compreender o que é um ataque a cadeia de suprimentos e como se proteger é fundamental para garantir a segurança de informações.
Continue a leitura e veja como sua empresa pode se preparar!
O que é a cadeia de suprimentos de software?
Resumidamente, a cadeia de suprimentos de software se refere a tudo e todos que estão conectados ao código de software durante todo o seu ciclo de vida de desenvolvimento.
Ou seja, cada software é composto de vários componentes. A cadeia de suprimentos inclui redes de informações sobre o software, como componentes, autores dos códigos e suas fontes, além de projetos open source.
Geralmente, os softwares não são escritos do zero, mas são uma combinação de artefatos de software.
Tais artefatos aumentam a vulnerabilidade no sistema porque os desenvolvedores têm menos controle sobre o código-fonte de terceiros ou alterações feitas ao longo do tempo.
Afinal, o software é um componente fundamental para executar as operações de negócios diárias.
Por fim, tornando a segurança da cadeia de suprimentos uma responsabilidade de todas as organizações e equipes de segurança.
Por que a segurança da cadeia de suprimentos é um fator crítico?
Primeiramente, na segurança cibernética, uma cadeia de suprimentos inclui hardware e software, armazenamento em nuvem ou local e mecanismos de distribuição.
Contudo, a grande questão hoje não é se você está ou não usando código aberto, mas qual e quantos códigos abertos está usando.
Afinal, se você não estiver ciente do que está em sua cadeia de suprimentos de software, seu negócio pode estar em risco. Em cibersegurança seu parceiro pode ser seu maior problema.
Isso porque as empresas se tornam cada vez mais dependentes de terceiros, criando uma teia interconectada de parcerias que trazem vulnerabilidades.
Segundo a pesquisa conduzida pela IDC, patrocinada pela JFrog, é destacado os desafios enfrentados pelos desenvolvedores na proteção da cadeia de suprimentos de software.
Neste caso, a segurança é uma preocupação crescente, com desenvolvedores gastando até 19% de seu tempo semanal em tarefas relacionadas a segurança, muitas vezes fora do horário de trabalho.
Todavia, a pressão acaba resultando em abordagens reativas à segurança, em vez de soluções proativas.
Nos últimos anos, os ataques à cadeia de fornecimento de software se tornaram mais prevalecentes e sofisticados.
Em seu relatório de 2022, Gartner afirma:
“Antecipe a expansão contínua da superfície de ataque empresarial e aumente o investimento em processos e ferramentas para detecção e remediação de ameaças de identidade e integridade da cadeia de suprimentos digital.”
Portanto, é essencial se manter em estado de vigia e adotar medidas proativas para proteger o seu negócio.
Ataques à cadeia de suprimentos destacam fragilidades nos ecossistemas de software
Salvo o mapeamento da Agência da União Europeia para Segurança Cibernética sobre ataques emergentes à cadeia de suprimentos descobriu que 66% dos ataques se concentram no código do fornecedor.
Esse dado mostra a importância de as organizações concentrarem seus esforços na segurança da cadeia de suprimentos para validação de códigos e softwares de terceiros antes de usá-los para garantir que não foram adulterados ou manipulados.
Cada nó nesta cadeia complexa é um ponto potencial de vulnerabilidades de componentes que pode afetar o desempenho e a segurança do seu software.
Como é composto por muitos fatores disponibiliza o acesso de muitas pessoas, o que o coloca como um ponto de risco para as empresas dada a vulnerabilidade presente nesses softwares.
Considerando o amplo alcance e a complexidade da cadeia de suprimentos de software há várias maneiras de introduzir mudanças não autorizadas no software entregue aos usuários.
Em cerca de 58% dos incidentes da cadeia de suprimentos analisados, os ativos do cliente visados foram predominantemente dados do cliente, incluindo dados de Informações de Identificação Pessoal (PII) e propriedade intelectual.
Para 66% dos ataques à cadeia de suprimentos analisados, os fornecedores não sabiam ou não relataram como foram comprometidos.
No entanto, menos de 9% dos clientes comprometidos por meio de ataques à cadeia de suprimentos não sabiam como os ataques ocorreram.
Incidentes que envolveram a cadeia de suprimentos de software
Toda organização depende da cadeia de suprimentos de software.
Essa dinâmica interdependente é o motivo pelo qual integrar uma nova ferramenta significa escolher confiar em todo o ecossistema de desenvolvimento.
Além disso, ataques à cadeia de suprimentos de software, que exploram esse fenômeno, são um método de ataque cada vez mais comum para violar a rede corporativa.
As principais motivações são as vulnerabilidades do código aberto e a integração deles, bem como o processo e a confiança dos fornecedores de software.
À Gartner prevê que até 2025, 45% das organizações em todo o mundo terão sofrido ataques em sua cadeia de suprimentos de software, um aumento de três vezes em relação a 2021.
Por exemplo, em 2020 a empresa de software SolarWinds teve uma violação de dados e os agressores iniciaram o código mal-intencionado pelo software de monitoramento e gerenciamento de TI Orion — plataforma usada por grandes empresas e agências do governo.
O ataque a cadeia de suprimentos não atingiu apenas a empresa, mas os hackers se infiltraram também no software dos clientes. No total, 18 mil organizações baixaram a atualização infectada.
Outro exemplo é o ataque da Kaseya, onde os cibercriminosos exploraram uma vulnerabilidade nos servidores usados para a solução de gerenciamento e monitoramento remoto da empresa.
Os criminosos usaram privilégios elevados para implantar ransomware para centenas de clientes da empresa.
Esses ataques cibernéticos demonstram que um ataque a um fornecedor confiável pode resultar em perdas em grande escala.
Embora ataques em larga escala ou vítimas de alto perfil muitas vezes sejam notícia, o modelo de ataque à cadeia de suprimentos de software não é usado exclusivamente contra as grandes empresas.
Todas as organizações devem presumir que estão expostas e vulneráveis, já que os invasores podem usar esse método voltado para ambientes menores.
Como garantir a segurança da cadeia de suprimentos de software?
A segurança da cadeia de suprimentos de software se refere ao conjunto de práticas padronizadas implementadas para proteger seu software contra potenciais vulnerabilidades.
O código aberto está em toda a parte. Eventualmente, a capacidade de identificar ameaças em potencial é crucial para se defender contra um ataque a cadeia de suprimentos.
Como a força de toda a cadeia de suprimentos é definida por sua parte mais fraca, ignorar as práticas recomendadas de segurança, significa que o agente malicioso pode obter acesso a sistemas com maior impacto na exposição.
Melhores práticas para proteger sua cadeia de suprimentos:
- Análise a estrutura da cadeia de fornecedores;
- Monitore continuamente para mitigar os riscos;
- Mantenha-se atualizado com as regulamentações e padrões de segurança
- Invista em ferramentas que forneçam insights em tempo real para melhorar a visibilidade e a transparência;
- Automatize processos para reduzir erros humanos;
- Integre sistemas com treinamentos e auditorias;
- Adquira componentes bem protegidos;
- Crie componentes de software seguros internamente;
- Use conjuntos de ferramentas de software seguros de terceiros;
- Armazene código ou executáveis e revise todas as alterações.
Além das medidas de segurança citadas acima, as grandes corporações estão adotando uma gama de tecnologias avançadas para reforçar suas defesas.
O que abrange o uso de ferramentas de IA para analisar padrões de tráfego e detectar atividades suspeitas.
Investir em plataformas integradas de segurança cibernética, que combinam prevenção contra intrusões, anti-malware e criptografia, torna a defesa mais completa e eficaz.
Conclusão
Sobretudo, uma boa estratégia de defesa contra ataques à cadeia de suprimentos de software, é utilizar a solução de gestão de identidades que engloba várias etapas importantes.
Primeiramente, é essencial orquestrar e automatizar a administração e governança das identidades digitais.
Isso inclui a concessão, manutenção e análise centralizadas de acessos para garantir que apenas as pessoas certas tenham as permissões adequadas.
O provisionamento automatizado de acessos é crucial para conceder e revogar acessos a recursos corporativos, reduzindo a dependência de processos manuais e propensos a erros.
Além disso, a segurança de privilégios é um componente fundamental.
Neste caso, a solução de Gestão de Acesso e Identidade, da CyberArk, protege o acesso privilegiado em todas as identidades, infraestruturas e aplicativos, desde o endpoint até a nuvem.
Isso é complementado pela gestão de segredos, que centraliza a segurança de credenciais usadas por aplicações e pipelines de DevOps, minimizando o risco de exposição acidental.
Do mesmo modo, a segurança na nuvem também é abordada, ajudando a analisar, proteger e monitorar o acesso privilegiado em ambientes híbridos e multi-nuvem.
A plataforma oferece detecção e resposta contínuas a ameaças de identidade, permitindo uma redução mensurável do risco cibernético e facilitando a implementação de uma abordagem de confiança zero.
Por fim, a conformidade de identidade é garantida através da consolidação de dados de direitos de acesso, simplificação dos processos de recertificação de acesso e aplicação de controles de conformidade em toda a empresa.
A CyberArk é uma parceira da 3STRUCTURE que também oferece relatórios abrangentes e painéis detalhados para visibilidade sobre permissões e direitos de acesso, ajudando a manter a conformidade e a segurança em toda a organização.
Quer saber como proteger sua cadeia de suprimentos de software? Entre em contato hoje mesmo com nossos especialistas!