Sobretudo, a segurança dos dados gerados por drones não deve ser uma reflexão tardia, mas sim considerada desde a concepção do uso desses dispositivos na segurança patrimonial.
A união entre drones autônomos e o poder da Edge Computing está revolucionando a segurança governamental e patrimonial, ao oferecer processamento de dados em tempo real, com análises realizadas de forma eficiente no próprio local.
No entanto, essa convergência tecnológica também abre um leque de desafios cibernéticos.
São esses desafios que abordaremos ao longo deste artigo — e, principalmente, como mitigar os riscos de segurança e proteger os dados no uso desses dispositivos.
Descubra por que proteger essa nova fronteira é fundamental para garantir a eficácia e a confiabilidade das operações de segurança.
Por que usar Edge Computing na segurança de drones?
Primeiro, vamos analisar brevemente o conceito de Edge Computing — ou computação de borda — um tipo de arquitetura de TI em que os dados são processados na extremidade da rede.
Em outras palavras, os dados são processados e analisados localmente, proporcionando um ambiente uniforme desde o data center principal até os locais físicos próximos aos usuários e às fontes de dados.
Na prática, enviar todos os dados gerados por dispositivos para um data center centralizado ou para nuvem pode causar problemas de largura de banda e latência.
Ou seja, a Edge Computing surge como uma alternativa mais eficiente, permitindo o processamento e a análise dos dados mais próximo do ponto em que são gerados.
Dessa forma, os dados gerados por drones, nesse contexto, possibilitam maior eficiência e agilidade, reduzindo a latência e o consumo de banda.
Isso é crucial para aplicações que exigem decisões em tempo real, como monitoramento, além de favorecer maior privacidade e segurança.
Logo, diversos setores já se beneficiam do uso de drones integrados à tecnologia edge, entre eles, a segurança governamental e patrimonial.
Portanto, a introdução de drones com tecnologia edge nas operações ofereça uma série de vantagens, essa convergência tecnológica também abre um leque de desafios cibernéticos.
Riscos de cibersegurança na arquitetura de edge computing utilizada em drones
Primeiramente, uma análise de segurança de drones publicada neste ano identificou múltiplas ameaças e vulnerabilidades associadas a esses dispositivos.
Entre elas destacam-se: falsificação de GPS, infecção por malware, interferência de dados, interceptação e manipulação maliciosa.
Por exemplo, os links que transmitem vídeo e outros dados de e para certos tipos de drones, muitas vezes, não são criptografados, o que torna essas informações vulneráveis à captura, modificação e injeção de código malicioso.
Além disso, drones operando com Edge Computing armazenam e processam dados sensíveis localmente. Se agentes maliciosos capturarem ou acessarem indevidamente esses dados, eles poderão expor informações críticas.
Criminosos utilizam ataques de interceptação e hijacking para obter acesso não autorizado a informações e sistemas.
Outra forma de explorar vulnerabilidades na borda é por meio do firmware que executa as funções de Edge Computing nos drones, o qual pode conter de segurança — especialmente se estiver desatualizado ou mal projetado.
Diante disso, é necessário adotar medidas de proteção na borda para garantir a segurança de dados gerados por drones.
Antes de avançarmos para as soluções, listamos a seguir algumas boas práticas para mitigar esses riscos:
- Sistema de criptografia;
- Autenticação multifator e controle de acesso;
- Atualizações frequentes de firmware e patches de segurança;
- Segmentação de rede e uso de VPNs;
- Monitoramento contínuo com sistemas de detecção de intrusão.
Como manter a segurança de dados gerados por drones protegidos na borda?
Combinar cibersegurança, segurança patrimonial e Edge Computing significa adotar uma abordagem holística para enfrentar riscos em todos os aspectos da borda, criando uma defesa unificada contra uma variedade de ataques.
Isso inclui proteger os dados confidenciais, garantir a integridade dos sistemas e a infraestrutura da borda contra violações ou tentativas de invasão.
A rápida proliferação do uso de drones tem levantado preocupações significativas em relação à privacidade e à segurança de dados.
Ou seja, esse crescimento exige a implementação de estratégias robustas para a segurança de dados gerados por drones e prevenir incidentes cibernéticos.
À medida que os drones se tornaram mais acessíveis e fáceis de adquirir, espera-se um aumento significativo no seu uso em aplicações de segurança patrimonial nos próximos anos.
No entanto, como mencionamos anteriormente, a arquitetura de computação de borda utilizada em drones pode apresentar diversos riscos e vulnerabilidades.
Isso nos leva à necessidade de considerar alternativas para mitigar esses riscos por meio de uma abordagem de segurança em múltiplas camadas.
Do ponto de vista da arquitetura edge, existem algumas ferramentas de cibersegurança que, quando integradas, ajudam a mitigar os riscos. Entre elas, destacam-se:
- Detecção de Intrusão Baseada em Comportamento
- Gerenciamento de Identidade e Acesso (IAM)
- Firewalls e Detecção de Intrusão na Borda
- Arquitetura Zero Trust
- Testes de Penetração e Red Teaming
Proteja sua operação e mantenha os dados seguros
As organizações precisam adotar uma solução holística que considere todos os pontos de falha — e, sem dúvida, devem incluir a criptografia entre as camadas de segurança.
Embora a criptografia de dados seja um passo fundamental na segurança de dados gerados por drones, ela precisa vir acompanhada de outras soluções para fortalecer a segurança de borda.
A criptografia impede que, mesmo que os dados sejam interceptados por usuários maliciosos, permaneçam ilegíveis para qualquer pessoa que não possua a chave de descriptografa.
Dessa forma, informações confidenciais, como dados de localização, imagens e vídeos, permanecem protegidos contra acessos não autorizados. Entretanto, é fundamental considerar outros aspectos de segurança.
Nesse contexto, a implementação de soluções de controle e acesso é igualmente necessária para garantir que apenas usuários autorizados possam operar os drones e acessar os dados coletados.
Da mesma forma, a utilização de autenticação multifator (MFA) adiciona uma camada extra de proteção, além do uso exclusivo de senhas.
Portanto, manter registros detalhados de acesso — quem acessou os dados e quando — e controlar rigorosamente essas permissões contribui para a mitigação de riscos e violação de dados.
Segurança de borda (SSE) para mitigar os riscos de cibersegurança
Ao combinar serviços em uma única plataforma, a segurança de borda é uma abordagem moderna que protege usuários, suas informações e dados sensíveis.
Aliada a outras práticas de segurança apresentadas, a integração dessas soluções vai garantir uma segurança em camadas capaz de proteger a segurança de dados gerados por drones com maior eficácia.
A pesquisa da Cisco com profissionais de TI revelou que mais de 70% dos entrevistados relataram ter alcançado pelo menos 10 benefícios ao implementar soluções relacionadas à segurança de borda (SSE).
Com a solução da Zscalar ou Netskope, sua empresa garante a proteção de dados, proporcionando uma experiência de segurança desenhada para as demandas modernas.
Além disso, a Zadara oferece uma solução que combina a infraestrutura da nuvem com o conceito de Edge Computing.
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