Gestão de acesso não é apenas um componente técnico da segurança cibernética, ela se tornou o ponto central na proteção de identidades digitais.
Em um cenário onde os ataques baseados em identidade crescem exponencialmente, proteger quem acessa o quê, se tornou um imperativo para empresas de todos os setores.
Neste artigo, você vai entender por que o roubo de credenciais ainda é eficaz e como a gestão de acesso e tecnologias emergentes fortalecem a segurança.
Vamos mostrar como essas tecnologias permitem testar cenários, prever ameaças e transformar a forma como acessos são controlados em ambientes complexos.
Continue a leitura e descubra como colocar a gestão de acesso no centro da sua estratégia de segurança de identidades digitais.
Panorama dos ataques baseados em identidades digitais
Segundo o Índice de Inteligência de Ameaças X Force, da IBM, de 2025: ataques baseados em identidade representam 30% do total de intrusões.
Pelo segundo ano consecutivo, os invasores adotaram métodos de ataque mais furtivos e persistentes. No Brasil, o roubo de credenciais é o principal incidente de segurança com aumento de 71% no setor privado em 2025, conforme dados da ANPD.
Basicamente, ataques baseados em identidades buscam credencias de usuário, permissões e direitos de acesso. Em vez de almejar a infraestrutura de rede ou dispositivos, o foco dos invasores é explorar sistemas de identidades.
A mudança da invasão para o login representa um movimento fundamental na forma como os adversários operam.
Nesse sentido, a Check Point Software alerta para o vazamentos de credenciais como uma das ameaças cibernéticas mais urgentes que as organizações enfrentam atualmente.
Cerca de 50% dos dispositivos ligados a credenciais vazadas estão sem proteção, segundo a pesquisa.
No Brasil, os usuários têm enfrentado uma taxa especialmente alta de roubo de credenciais, atingindo 7,64%, posicionando o país na liderança do ranking global Top 10 nesse tipo de ameaça.
Portanto, se a sua estratégia de segurança de identidade não oferecer uma visão abrangente do caminho do ataque, provavelmente você deixará passar os sinais desse ataque.
Por que as técnicas de roubo de credenciais são bem-sucedidas?
Ataques com credenciais comprometidas geralmente ignoram as medidas de segurança tradicionais e permitem que o invasor opere com permissões de acesso legítimas.
Como o invasor usa credenciais válidas, sua atividade pode parecer legítima. Hackers sofisticados costumam imitar o comportamento normal de um usuário legítimo, o que complica o processo de detecção.
Os atacantes geralmente usam phishing para roubo de credenciais, pois é uma tática bastante barata e extremamente eficiente.
A eficácia do phishing de credenciais depende da interação humana em uma tentativa de enganar os funcionários, ao contrário do malware e das explorações, que dependem de pontos fracos nas defesas de segurança.
Entretanto, a principal vulnerabilidade que permite o sucesso dos ataques de roubo de credenciais é o ato de fazer logins em computadores que não são seguros com contas amplas e profundamente privilegiadas em todo o ambiente.
Esses logins podem ser o resultado de várias configurações incorretas descritas aqui. Campanhas de conscientização e políticas de senhas fortes por si só não impedem o abuso de credenciais.
Os usuários ignoram as regras de complexidade, a fadiga da autenticação multifator torna a aprovação push pouco confiável e os invasores não precisam usar phishing quando as credenciais já estão expostas.
A segurança de credenciais não é uma lista de verificação do helpdesk — é um problema de nível sistêmico. As organizações devem reduzir o raio de ação de qualquer comprometimento individual e verificar a identidade continuamente.
Qual o papel da gestão de acesso na segurança de identidade?
Sobretudo, a gestão de acesso é a solução de segurança que garante que identidades digitais — sejam elas de usuários, dispositivos ou aplicações — acessem apenas os recursos para os quais estão autorizadas.
Em outras palavras, ela controla, monitora e audita quem pode fazer o quê dentro de um ambiente digital.
Em um cenário onde a identidade é o novo perímetro da segurança, confiar apenas em firewalls ou antivírus não é mais suficiente.
As ameaças se movem internamente, muitas vezes disfarçadas sob credenciais legítimas — e é aí que a gestão de acesso se torna essencial.
Veja os principais papéis que ela desempenha na proteção de identidades digitais:
- Impedir o uso indevido de credenciais
- Aplicar o princípio do menor privilégio
- Automatizar o provisionamento e revogação de acessos
- Fortalecer a autenticação
- Oferecer visibilidade e auditoria
A gestão de acesso registra quem acessou o quê, quando e como, permitindo análises de comportamento e respostas rápidas em caso de incidente.
Em resumo, a gestão de acesso não é apenas um controle técnico, mas sim uma camada estratégica de proteção que reforça a segurança das identidades digitais e sustenta iniciativas como Zero Trust, conformidade regulatória e proteção contra ameaças internas e externas.
Digital Twins: tecnologia emergente na cibersegurança
Estamos apenas começando a explorar o potencial dos Digital Twins (Gêmeos Digitais). Essa tecnologia pode transformar profundamente os negócios, graças ao seu impacto significativo e à sua capacidade de aplicação praticamente ilimitada.
Na área de cibersegurança, os Digital Twins permitem simular situações extremas — testes que seriam inviáveis em ambientes reais.
Com eles, as equipes de segurança conseguem identificar falhas antes que se tornem vulnerabilidades exploráveis.
O conceito por trás dessa tecnologia é simples e poderoso: replicar digitalmente um sistema, processo ou máquina do mundo real e usar esse modelo virtual para resolver desafios reais de negócio.
Mais do que uma tecnologia emergente, os Digital Twins combinam diversas inovações — como computação em nuvem, edge computing, inteligência artificial, Internet das Coisas (IoT), conectividade avançada, realidades aumentada e mista, além de ferramentas de simulação.
Quando integrado a IA, as empresas conseguem proteger sistemas críticos, detectar vulnerabilidades e antecipar ataques com mais precisão.
Entretanto, a questão é: como os gêmeos digitais podem revolucionar a segurança cibernética? E quais desafios devem ser enfrentados com a adoção dessa tecnologia?
Do ponto de vista da cibersegurança, a tecnologia é indispensável para proteger infraestruturas críticas, prever riscos, monitorar sistemas em tempo real e realizar manutenções preditivas.
Por outro lado, mesmo com seu potencial de proteção, essa tecnologia também introduz novas vulnerabilidades.
Quanto mais conectado um sistema, maiores são as chances de falhas. Uma única brecha em um gêmeo digital pode comprometer toda a rede.
Além disso, como os Digital Twins dependem de grandes volumes de dados, garantir a integridade e a privacidade dessas informações se torna essencial para manter a confiança e a segurança do sistema.
Abordagem de gêmeos digitais na gestão de acesso
Uma área da segurança cibernética particularmente interessante para gêmeos digitais é sua capacidade de criar uma representação holística do ambiente real de identidade e acesso de uma organização.
Historicamente, o provisionamento e a orquestração de identidade e acesso precisavam ser lineares.
No entanto, com o tempo e os avanços tecnológicos, as organizações modernas precisam de uma visão mais dinâmica de nossas identidades e acessos.
Gêmeos digitais criam uma lente de baixo risco para visualizar um modelo de suas identidades e acessos.
Eles permitem a aplicação de inteligência artificial (IA) para simular e prever possíveis mudanças no gerenciamento de identidades e acessos (IAM).
Usando o gêmeo digital combinado com IA, as organizações podem testar cenários hipotéticos e validar mudanças de acesso baseadas em funções, avaliando seu impacto nas pessoas, nas finanças e na tecnologia.
Portanto, sua capacidade de espelhar e simular sistemas físicos, oferece oportunidades para monitoramento em tempo real, manutenção preditiva e detecção de ameaças.
Gestão de acesso como base da identidade digital segura
Resumidamente, a gestão de acesso deixou de ser um recurso técnico isolado e passou a ocupar o centro da estratégia de proteção digital.
Em um cenário onde identidades são o principal vetor de ataque, garantir que apenas as pessoas certas tenham acesso aos recursos certos — e sob as condições certas — é uma exigência de negócios, não mais uma escolha.
Ao longo do artigo, vimos por que os ataques baseados em identidade ainda são eficazes e como tecnologias emergentes, como os gêmeos digitais, podem fortalecer as políticas de acesso das empresas.
Nesse contexto, oferecemos a solução de IAM da CyberArk. Uma robusta plataforma de gestão de acesso e identidade que une segurança, escalabilidade e integração com tecnologias modernas — ajudando sua empresa a fortalecer a proteção sem perder agilidade.
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